Pausa Poética:

"Ainda que eu tivesse o dom da profecia, e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e ainda que eu tivesse toda fé, de maneira tal que transportasse os montes, e não tivesse amor, nada seria." 1 Coríntios 13:2.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Hemograma: a carteira de identidade no diagnóstico



A dica mais importante: tenha acesso a exames anteriores e sempre compare o paciente com ele mesmo! Qualquer modificação metabólica requer o início de uma intervenção, mesmo que o paciente esteja dentro da normalidade.

EXEMPLO: indivíduo aumentou 10% seu peso, resultando em uma aumento da glicemia de 2 mg/dL: Aparentemente parece ser muito pouco, mas isso significa 100 mg a mais de açúcar em 5L de sangue, que equivale a 8g/min a mais de açúcar circulando. No final das contas são 11 kg de açúcar a mais sendo transportados por dia. Por isso a importância de uma modificação de comportamento alimentar para que o paciente não seja diabético ou pré-diabético com o passar dos anos.

Hemoglobina: indicador mais importante para detectar anemia. Cuidado com a anemia: Valores inferiores a 10g/dL ou variação de 10%.

Hematócrito: mais eficiente para indicar necessidade de transfusão de sangue e um bom indicador do estado de hidratação do paciente. Desidratação: Ht alto (maior que 3xHb). Hipervolemia: Ht baixo.

Indicador de imunodepressão: anemia + leucopenia + trombocitopenia (plaquetas baixa)

Reticulócitos: maior que 1% a 2% do total de hemáceas = medula com bom funcionamento e menor = indivíduo imunodeprimido.

VCM: indica o sobrenome da anemia. 80 a 96 u³ é a faixa média. Maior = macrocitose (carência de B12 e ácido fólico) e Menor= microcitose (carência crônica de ferro). Nunca fazer suplementação de ferro e B12 juntos!!!

Transferrina: valores elevados indicam carência nas reservas de ferro.

Ferritina: Menor que 10 ng/mL = deficiência crônica e grave / Menor que 30 mg/mL = requer suplementação ou outra intervenção

Ferro sérico: interessante para evitar intoxicação e não para diagnóstico de anemia

Glicemia de jejum: Valores de normalidade 70-99 mg/dL. Para diagnóstico de diabetes, realização de 2 exames com resultado acima de 126 mg/dL. Valores entre 100 e 126 mg/dL: intolerância a glicose ou glicemia de jejum alterada = pré-diabético.

Glicemia capilar: não faz diagnóstico e sim acompanhamento do paciente

Glicemia pós-prandial – Teste de tolerância a glicose: 2h após administração de 75g de dextrosol. Diabetes: Valores acima de 200 mg/dL. Diabetes gestacional = igual ou maior que 85 mg/dL.

Hemoglobina glicada: avalia o controle do diabetes, adesão ao tratamento e da dieta. Deve ser menor que 7%. Conta a “história” por um período de 3 meses.

Glicosúria: quando a glicose está superior a 160 ou 200 mg/dL. Indica probabilidade de danos renais. Se a taxa estava elevada e depois diminui indica ou falência renal ou controle da doença.


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