Ode ao fígado (Pablo Neruda)
"Modesto,
organizado
amigo,
trabalhador
profundo,
deixa-me te dar a asa do meu canto (...)
Enquanto o coração sonha e atrái a partitura do bandolin,
lá dentro tu filtras e repartes,
separas e divides,
multiplicas e engraxas,
sobes e recolhes
os fios e os gramas da vida,
os últimos licores, as íntimas essências (...)
ninguém o vê ou o canta,
porém, quando envelhece ou desgasta seu morteiro,
os olhos da rosa se acabaram, o cravo murchou sua dentadura
e a donzela não cantou no rio (...)
Austera parte ou todo de mim mesmo,
avô do coração, moinho de energia:
se o excessivo comer
ou o vinho hereditário de minha pátria pretenderem
perturbar minha saúde ou o equilíbrio da minha poesia,
de ti, distribuidor de mel e de venenos, regulador de sáis,
de ti espero justiça!"
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Um abraço a todos!